Imprensa
Sérgio Moro e delegação nos EUA para combate ao cibercrime
O site do Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou matéria sobre a visita de delegação do Brasil aos Estados Unidos na semana passada para se reunir com representantes da National Cyber-Forensics and Training Alliance (NCFTA), uma organização sem fins lucrativos, em Pittsburgh. A delegação foi chefiada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e contou também com a participação do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e do coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética da Diretoria de Operações da Secretaria de Operações Integradas, Alessandro Barreto.
A missão inseriu-se no contexto da criação do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria nº 778, de 23 de outubro de 2019, no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob a coordenação da Secretaria de Operações Integradas, com a finalidade de estimular o debate sobre uma parceria público-privada para a prevenção e combate ao crime cibernético. Ainda, a iniciativa é fruto da assinatura do acordo de cooperação técnica entre MJSP e Fiesp, pelo qual serão estabelecidos projetos de cooperação com o setor privado.
O objetivo foi apresentar o trabalho realizado pela NCFTA, nas áreas de cibercrime, em temas como fraudes bancárias, proteção ao consumidor e malware. Os participantes brasileiros tiveram a oportunidade de assistir a apresentações do presidente da NCFTA, Matt LaVigna, dos demais especialistas da Aliança, da equipe de representantes das diversas agências de “Law Enforcement” que trabalham no NCFTA e de integrantes das universidades que mantêm convênio com a referida entidade.
O encontro contou com representantes da PF, da Seopi, da DTIC, da ASINT e do gabinete do Ministro, pelo MJSP; e ainda, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo Fiesp, do Serpro, da Microsoft Brasil, do Senai, da Abert, da Febraban, da Motion Pictures Association of America – MPAA e da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura – ABTA.
Além dessa agenda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se reuniu na última sexta-feira (6) com o ministro da Justiça e procurador-geral da República dos Estados Unidos, William Pelham Barr, para tratar de casos de cooperação de relevo entre os dois países.
Imprensa
Por que esquema na Argentina fez gatonet cair para milhares de brasileiros
A Argentina teve papel central no esquema de gatonet ao abrigar o núcleo de marketing e vendas de uma rede internacional de pirataria que tinha o Brasil como principal destino. Gatonet é o nome popular para plataformas que transmitem canais e conteúdos de streaming de forma ilegal.
Fonte: Uol Imagem: Marcella Duarte
O que aconteceu
Operação na Argentina derrubou serviços de gatonet usados por milhares de brasileiros. A queda no serviço começou neste fim de semana e, embora não haja números oficiais de afetados, centenas de reclamações surgiram em redes sociais e fóruns
Investigação, que corre sob segredo de Justiça, identificou um centro de comando da pirataria em Buenos Aires. Esse escritório argentino era responsável pelo marketing e pelas vendas dos serviços ilegais para o mundo inteiro. Já a administração, finanças e área de TI do esquema ficavam na China.
Argentina foi escolhida como hub por alta capacidade técnica a preços não tão caros. Segundo Jorge Bacaloni, presidente da Alianza (associação da indústria audiovisual que combate a pirataria na América Latina), essas foram as razões para que local abrigue a operação. País concentrava marketing e vendas, enquanto a administração, finanças e TI ficam na China.
Apesar de o esquema operar globalmente, o principal mercado era o Brasil, com 4,6 milhões dos 6,2 milhões de assinantes. A estimativa é de que o grupo movimentasse entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões (R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão) por ano com venda de assinaturas clandestinas.
A ação desativou dezenas de plataformas piratas usadas em TV boxes não homologadas pela Anatel. O Ministério Público da Argentina agiu com apoio da Alianza, associação que representa a indústria audiovisual na América Latina. Entre os principais serviços atingidos estão:
Funcionavam como “Netflix piratas”: My Family Cinema e Eppi Cinema
Liberavam centenas de canais de TV pagos ilegalmente: TV Express;
Outros serviços afetados: Weiv TV, Cinefly, Red Play, Duna TV, Boto TV, Break TV, VTV, Blue TV, Super TV Premium, HOT, ONpix, PLUSTV, Mix, Venga TV, ALA TV, Pulse TV, Football Zone, Nossa TV, MegaTV+, Cineduo, Megamax+, GTV, Nebuplus e Onda TV.
Usuários de serviços como o My Family Cinema passaram a ver uma mensagem de encerramento: “Devido a questões de direitos autorais, esta marca deve encerrar permanentemente seus serviços. Agradecemos sinceramente pela sua confiança e apoio ao longo dos anos”. Reclamações também se multiplicaram no ReclameAqui, com relatos de clientes que pagaram planos anuais e ficaram sem acesso “de um dia para o outro”.
Como funciona o esquema de pirataria
TV boxes piratas usam versões modificadas do sistema Android e instalam apps ilegais que oferecem acesso a conteúdo de streaming e TV paga.
O pagamento é feito por planos mensais, semestrais ou anuais, o que leva muitos consumidores a acreditar que se trata de um serviço legal.
Por não serem homologados pela Anatel, esses aparelhos não passam pelos testes de segurança exigidos para comercialização.
Mesmo após bloqueios, as organizações costumam atualizar os servidores e restabelecer o acesso rapidamente, o que dificulta o combate ao “gatonet”.
Eventos
O futuro da TV está em debate!
Nos dias 13 e 14 de agosto, acontece a 8ª edição do +TV FORUM, o encontro essencial para quem atua no ecossistema de conteúdos por assinatura, plataformas OTT e distribuição multiplataforma.
Evento presencial
WTC Events Center | São Paulo, SP
Serão dois dias de discussões de alto nível sobre as transformações do setor, novos modelos de negócio, desafios tecnológicos e institucionais — tudo com foco no posicionamento de canais, programadores e operadores.
Fonte e imagem: Teletime
