Segurança
Assistir futebol ilegal traz riscos à segurança do consumidor
Análise indica mais de 90% dos sites provedores de streams ilegais de futebol têm potencial para comprometer a segurança dos usuários.
Uma análise de centenas de milhares de sites provedores de streams ilegais de futebol no mundo todo descobriu números alarmantes para os usuários: cerca de 92% destes domínios possuem alguma forma de conteúdo malicioso. O relatório foi conduzido pela Webroot, empresa estadunidense de segurança digital.
Segundo o estudo, um esquema de roubo de dados bancários com base em criptomoedas é a estratégia mais frequente em sites desta natureza. “O nível de sofisticação e de detalhes por trás desta fraude com Bitcoins que descobrimos são indicativos de uma operação criminosa muito bem organizada”, afirma o Pesquisador Sênior de Ameaças da Webroot, Kelvin Murray. Além deste, outros riscos oferecidos pelos sites de futebol ilegal incluem anúncios maliciosos e a tomada de controle da máquina do usuário.
Ainda que alguns tentem se proteger destas ameaças tomando mais cuidado e utilizando serviços de VPN e de antivírus, os riscos não desaparecem, segundo o que indica o próprio estudo. “Estes sites de streaming ilegal são um labirinto de fraudes, softwares maliciosos e conteúdo prejudicial. Para dizer de um jeito simples, não há como usá-los de modo ‘seguro’ sem se colocar em perigo”, conclui Murray.
Além disso, o relatório da Webroot também relembra que falhas humanas ainda podem acontecer por mais cauteloso que um usuário seja, e um único descuido já é capaz de causar consequências graves.
Para saber mais sobre o estudo, acesse a notícia original no site TechRadar.
Antipirataria
Anatel inaugura Laboratório Antipirataria em Brasília
(imagem: Divulgação Anatel)
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) inaugurou, em setembro, o seu Laboratório Antipirataria, especializado na análise de equipamentos TV Boxes clandestinos. Resultado de um acordo com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), o laboratório possui recursos tecnológicos para realizar e acompanhar análises técnicas sobre equipamentos e meios ilegais de oferta pirata audiovisual, em atendimento ao Plano de Ação para Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC). A estrutura, que funciona no prédio da agência, em Brasília, possui 12 telas de monitoramento, tem seis postos para trabalho presencial e também pode ser acessada remotamente.
“A inauguração desse laboratório eleva o nosso patamar no combate à pirataria”, afirmou o conselheiro Moisés Moreira durante a cerimônia de inauguração. O superintendente de Fiscalização, Hermano Barros Tercius, descreveu os riscos encontrados nos equipamentos piratas e as principais realizações do Plano. Lembrou que, desde seu início, em fevereiro deste ano, foram realizadas 29 operações, que apreenderam 1,4 milhão de aparelhos e bloquearam mais de 1,4 mil endereços que, ilegalmente, habilitavam o funcionamento dos TV Boxes piratas. Milhares de equipamentos, de nove fabricantes diferentes e mais de 30 modelos de TV Box, também tiveram sua operação bloqueada.
O superintendente também apresentou imagens do Laboratório Antipirataria, que tem ampla flexibilidade para o desenvolvimento de métodos de interrupção do funcionamento dos TV Boxes piratas, podendo analisar, simultaneamente, até cem equipamentos desse tipo.
Além do combate aos decodificadores clandestinos, que ocorre na esfera administrativa, o superintendente também abordou a possibilidade de ampliação de parceria com órgãos executores de decisões judiciais de bloqueio. Ele mencionou ação solicitada pelo Núcleo de Investigações de Crimes Cibernéticos – NICC (CyberGAECO), do Ministério Público de São Paulo, em junho passado. A operação resultou na queda de mais de 26% no volume de tráfego dos sites abarcados pela ação, segundo dados de associação da indústria musical.
“A Anatel possui o cadastro completo dos prestadores de banda larga do País. Sabe quais são os mais relevantes quanto à conectividade e à quantidade de acessos e tem contato constante com os prestadores de serviços de telecomunicações. Isso coloca a Agência em uma posição estratégica para a coordenação da execução de decisões de bloqueio, sejam administrativas ou judiciais. E essa coordenação se faz muito necessária em um ambiente aberto como a internet, em que há desde pequenos provedores de conexão até grandes plataformas tecnológicas de comércio e de serviços virtuais”, explicou o superintendente.
Antipirataria
Novo vírus em TV Boxes pode invadir redes domésticas
Uma nova variante do vírus Mirai foi detectada em TV Boxes piratas usadas por milhões de pessoas. De acordo com a equipe do antivírus Dr. Web, o malware é uma nova versão do ‘Pandora’, que apareceu pela primeira vez em 2015.
Os principais alvos do novo vírus são as TV Boxes MX10 Pro 6K, Tanix TX60 e H96 MAX X3, que apresentam processadores capazes de lançar poderosos ataques DDoS – que podem infectar redes domésticas para receber comandos do hacker.
O novo vírus infecta os dispositivos por meio de uma atualização distribuída de aplicativos de pirataria. Os usuários são induzidos a baixá-las de sites que prometem acesso ilegal a streaming gratuito ou a preços muito baixos.
A equipe do Dr. Web recomenda optar por dispositivos de streaming de marcas confiáveis, como Google Chromecast, Apple TV, Amazon Fire TV e Roku Stick. No Brasil, operadoras de TV por assinatura também oferecem TV Boxes seguras.