Antipirataria
72% dos usuários de pirataria sofrem fraudes em cartões

Um estudo da Digital Citizens Alliance mostrou que 72% das pessoas que usaram cartão de crédito para se inscrever em um serviço pirata de TV ou de jogos foram vítimas de fraudes. As informações foram reveladas pelo site TV Tech.
“Nosso último relatório é mais uma prova de que os operadores de pirataria farão de tudo para lucrar com os consumidores com apetite por conteúdo, mesmo aqueles que estão dispostos a pagar por isso”, disse Tom Galvin, diretor executivo da Digital Citizens Alliance.
“A busca por conteúdo pirata é um comportamento inerentemente arriscado que ameaça os dispositivos, carteiras e privacidade dos consumidores”, conclui.
Durante o estudo, intitulado “Dando Crédito aos Operadores de Pirataria”, um dos pesquisadores do Digital Citizens foi alvo de US$ 1.495 em compras ilícitas.
Para testar se a fraude de cartão de crédito estava vinculada a serviços de assinatura de pirataria, a Digital Citizens se inscreveu em 20 serviços ilegais. Os pesquisadores assinaram os serviços de fevereiro a abril de 2023 usando um cartão de crédito exclusivamente para este projeto.
Os sites cobravam uma taxa de assinatura mensal que variava de US$ 5,99 a US$ 40 e, em duas semanas, as cobranças fraudulentas começaram, disse o grupo.
As compras ilegais foram supostamente para entregas de supermercado, roupas femininas, softwares de computador, adiantamento em dinheiro e uma grande cobrança misteriosa de U$ 850 que, felizmente, não foi processada. As transações, segundo os pesquisadores, parecem ter origem na China, Cingapura, Hong Kong e Lituânia.
As principais descobertas da pesquisa são:
- Um em cada 10 usuários de pirataria disse que comprou uma assinatura usando um cartão de crédito.
- 72% dos que usaram um cartão de crédito para acessar serviços piratas também foram vítimas de fraude de cartão no ano passado.
- Entre os usuários de sites e aplicativos de pirataria houve quatro vezes mais vítimas de roubo de identidades (44% a 10%, na comparação com não usuários de pirataria).
- Entre os usuários de pirataria houve cinco vezes mais ataques de malware (46% a 9%, na comparação com não usuários de pirataria).
- O estudo conclui que as possíveis soluções para a pirataria requerem uma ação conjunta entre governos, empresas de cartão de crédito e consumidores.
As recomendações da pesquisa são:
- Que as empresas de cartões não aceitem transações com operadores de pirataria.
- Que as autoridades alertem a população sobre riscos de fraudes financeiras e malware no uso da pirataria.
- Que o poder público aplique leis criminais contra operadores de pirataria.
- E que as organizações de defesa do consumidor façam campanhas de alerta sobre os riscos aos usuários de pirataria.
Mais informações estão disponíveis em www.digitalcitizensalliance.org
Antipirataria
Anatel emite alerta sobre malware “Bad Box 2.0” em TV Boxes piratas

Aparelhos não homologados estão infectados com malware que transforma dispositivos em ferramentas de crime cibernético
Fonte e imagem: Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou uma coletiva de imprensa, liderada pelo conselheiro Alexandre Freire, para emitir um alerta urgente sobre os riscos de segurança cibernética associados às TV Boxes não homologadas. Um estudo recente da agência identificou a presença de um malware sofisticado, batizado de “Bad Box 2.0”, em diversos modelos clandestinos. Esse software malicioso pode comprometer dados de usuários e a segurança das redes de telecomunicações, transformando os aparelhos em ferramentas para atividades criminosas sem o conhecimento do dono.
Esses dispositivos, vendidos irregularmente, são amplamente usados para pirataria, mas o problema vai muito além da violação de direitos autorais. Segundo as análises da Anatel, muitos desses equipamentos operam com softwares maliciosos pré-instalados ou instalados remotamente. Mesmo em modo de espera, os aparelhos geram tráfego de dados suspeito. As investigações constataram que os dispositivos podem ser usados como pontos de retransmissão de tráfego para finalidades ilícitas, como manipulação de dados pessoais, fraudes na internet e acesso a sites sensíveis, como bancos e tribunais.
O Problema é Global
A ameaça é reconhecida mundialmente, com alertas emitidos pelo FBI (EUA) e por centros de segurança cibernética de países como Irlanda e Portugal. A própria Google entrou com uma ação judicial em Nova York contra os criadores da rede Bad Box 2.0. Infelizmente, o Brasil é o país mais afetado, com número de dispositivos infectados elevados (1,8 milhão), conforme demonstra o gráfico abaixo:
Conscientização e proteção
A Anatel reforça que todo equipamento de telecomunicação vendido no Brasil deve ser homologado. Esse processo assegura que o produto atende aos requisitos mínimos de qualidade e segurança. A agência recomenda que os consumidores verifiquem sempre se o dispositivo é homologado através do portal oficial da Anatel (https://www.gov.br/anatel/pt-br/regulado/certificacao-de-produtos/smart-tv-box-homologados).
O conselheiro Alexandre Freire, patrocinador do tema combate à pirataria na Agência, destacou o esforço da agência para garantir um mercado digital seguro: “A Anatel tem intensificado a fiscalização de dispositivos irregulares e investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas para garantir um mercado digital seguro, transparente e em conformidade com as normas regulatórias”, afirmou.
A Superintendente de Fiscalização, Gesiléa Teles, complementa: “A atuação da Anatel não se limita a normas; ela busca proteger os usuários contra fraudes e riscos cibernéticos. A sociedade precisa estar ciente de que não se trata apenas de um problema técnico, mas de um desafio que envolve segurança pública, proteção de dados pessoais e concorrência leal.”
Para mitigar os riscos, a Anatel aconselha o público a:
- Usar somente dispositivos homologados pela Anatel.
• Evitar fontes não confiáveis para baixar softwares ou firmware.
• Manter sistemas operacionais e softwares atualizados.
• Desligar dispositivos suspeitos que apresentem sinais de comprometimento.
Sobre a Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil, responsável por garantir a qualidade dos serviços, a segurança das redes e a proteção dos direitos dos consumidores.
Antipirataria
Sites de streaming pirata recebem mais de US$ 120 milhões em publicidade, revela estudo

Um novo levantamento publicado pelo site StreamSafely traz dados reveladores sobre o impacto da pirataria digital no setor audiovisual — e aponta sinais promissores de avanço no combate a essa prática ilegal que afeta diretamente a indústria do entretenimento, inclusive no Brasil.
### 📉 Pirataria em números: o tamanho do problema
• *Mais de 80% da pirataria na internet* ocorre por meio de serviços ilegais de streaming.
• O conteúdo pirateado — filmes, séries e músicas — consome *quase um quarto da largura de banda mundial*.
• Estima-se que a pirataria digital gere *perdas de mais de US$ 50 bilhões por ano* para a indústria global de TV e cinema.
### 🔐 Riscos para o usuário
Além dos prejuízos econômicos, o estudo destaca que usuários de sites piratas estão expostos a *ataques cibernéticos*, como roubo de identidade e infecção por malwares. Isso reforça a importância de campanhas educativas e ações de conscientização no Brasil.
### 💰 O lado obscuro da publicidade
Operadores de pirataria recebem *mais de US$ 120 milhões por ano* em receitas de publicidade maliciosa, segundo o relatório “Unholy Triangle” citado no estudo. Essa monetização ilícita mostra como o combate à pirataria precisa envolver também o setor publicitário e plataformas digitais.
🇧🇷 O que isso significa para o Brasil?
Com o crescimento das plataformas de streaming e o aumento da fiscalização por órgãos como Anatel, Ancine, Ministério da Justiça e Receita Federal, o Brasil tem sido um exemplo de combate à pirataria. Ações conjuntas entre governo, indústria e sociedade civil são essenciais para reduzir o consumo de conteúdo ilegal e proteger os direitos autorais.
Fonte: StreamSafely / Imagem: Canva
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