Imprensa
O Gatonet evoluiu … para pior

Matéria publicada no jornal Agora São Paulo, do dia 14 de julho, mostra como a pirataria de TV por assinatura, popularmente conhecida como “Gatonet“, evoluiu e se adaptou às plataformas digitais utilizando o sistema de distribuição IPTV, a TV por Protocolo de Internet.
Apesar do sistema em si não ser ilegal – é o mesmo usado pela Netflix, por exemplo – o IPTV pirata replica e revende propriedade intelectual de terceiros, o que pode ter consequências cíveis e penais, até mesmo para o consumidor do Gatonet.
A facilidade em encontrar o serviço ilegal no mercado e o profissionalismo no atendimento dão uma sensação de segurança ao consumidor. Mas o advogado Márcio Gonçalves, especialista em direito de Propriedade Intelectual e combate à pirataria, alerta que grande parte desses distribuidores oferecem preços baixos como forma de atrair o público, invadir seus dispositivos e roubar seus dados pessoais para realizar outras formas de crime.
A reportagem do jornal entrou em contato com alguns desses distribuidores. Ao questionar sobre a procedência do sinal e o fato do IPTV poder ser ilegal em determinadas situações, a maioria dos interlocutores desconversou. Ninguém assumiu a pirataria. Vale a pena ler a matéria completa para conhecer melhor o assunto e como se proteger da ação de criminosos.

Eventos
O futuro da TV está em debate!

Nos dias 13 e 14 de agosto, acontece a 8ª edição do +TV FORUM, o encontro essencial para quem atua no ecossistema de conteúdos por assinatura, plataformas OTT e distribuição multiplataforma.
Evento presencial
WTC Events Center | São Paulo, SP
Serão dois dias de discussões de alto nível sobre as transformações do setor, novos modelos de negócio, desafios tecnológicos e institucionais — tudo com foco no posicionamento de canais, programadores e operadores.
Fonte e imagem: Teletime
Antipirataria
BadBox 2.0: mais de 370 mil TV boxes foram infectadas no Brasil e usadas em fraudes, diz relatório

Empresa de cibersegurança Human Security identificou que o país foi o mais afetado por esquema que tinha TV boxes irregulares como alvos.
Fonte: G1
As TV boxes irregulares, isto é, que não têm certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), costumam ter preço e acesso livre a canais como atrativos, mas podem expor usuários a fraudes.
É o caso do BadBox 2.0, esquema revelado no início de março em que cibercriminosos usaram vários desses aparelhos, além de alguns tablets e projetores, para lucrar com anúncios e ataques a outros dispositivos.
Mais de 1 milhão de aparelhos foram infectados, sendo 370 mil no Brasil, segundo a consultoria em cibersegurança Human Security, que investigou o caso.
O BadBox 2.0 é uma versão repaginada do BadBox, esquema que tinha sido descoberto em 2023 e afetava somente 74 mil aparelhos. Agora, ele atingiu outra proporção e virou a maior botnet de TV boxes já identificada, segundo a Human Security.
Ainda de acordo com a empresa, o esquema funciona assim:
- Os aparelhos são infectados por diferentes métodos (ainda na fábrica, na primeira inicialização ou por aplicativos baixados pelos usuários);
- O arquivo mal-intencionado faz os aparelhos se comunicarem com um servidor externo que recebe permissão para controlar o sistema;
- Golpistas faturam com a exibição fraudulenta de anúncios e com o “aluguel” do dispositivo para disfarçar a origem de outros ataques.
Como os golpistas ganharam dinheiro
Para lucrar com propaganda, os golpistas usaram diferentes estratégias: anúncios escondidos em segundo plano, em uma janela abaixo do aplicativo principal, e a tomada do dispositivo para forçar cliques em anúncios de sites que eram parte do esquema.
Ambas usaram um modelo muito conhecido na internet, em que empresas pagam por visualizações e interações em seus anúncios. Nesse caso, os cibercriminosos burlavam as regras para fazer parecer que as propagandas estavam sendo vistas por usuários reais.
Os golpistas também usaram os aparelhos infectados para intermediar o acesso de outras pessoas à internet. Esse é um serviço conhecido como “proxy residencial” e que envolve um pagamento para permitir a navegação pelo IP desses dispositivos afetados.
O IP é um código de identificação dos aparelhos na internet. Ao “alugar” o IP de outro aparelho, um usuário pode maquiar a sua navegação para roubar contas, realizar ataques coordenados e disparar arquivos maliciosos, por exemplo.
“É todo um ecossistema fraudulento, que é bastante substancial e realmente mostra essa sofisticação maior”, disse ao g1 Lindsay Kaye, vice-presidente de Inteligência de Ameaças da Human Security.
Como as TV boxes são afetadas
Os aparelhos infectados usam uma versão aberta do Android, que pode ser alterada livremente por terceiros e, por isso, não tem a proteção do Google.
Segundo a Human Security, o Google contribuiu com a investigação e derrubou as contas usadas pelos cibercriminosos em suas plataformas de anúncios para impedi-los de lucrar com anúncios.
A invasão do aparelho é praticamente imperceptível e difícil de ser identificada, mas é possível que o aparelho tenha o funcionamento afetado.
“No disparo de um ataque, o dispositivo é usado como parte da ação. Nesse momento, certamente, vai ter algum problema de desempenho”, explicou Flávio Silva, diretor de Tecnologia da Trend Micro no Brasil. A empresa também colaborou com a investigação.
No momento, os pesquisadores ainda não encontraram uma forma de orientar usuários a verificar se o aparelho foi comprometido pelo BadBox 2.0 ou de corrigir o problema.
“Se o dispositivo está se comportando de forma estranha ou você está preocupado, a coisa mais segura a se fazer é se livrar dele e obter um dispositivo certificado”, explicou Lindsay, da Human Security.
A recomendação é comprar apenas TV boxes autorizadas pela Anatel, que verifica, entre outros itens, a segurança contra possíveis ataques. A agência oferece uma lista de TV boxes certificadas neste link.
“Estar homologado não significa estar livre de sofrer algum tipo de ataque”, disse Flávio, da Trend Micro. “Mas uma vez identificado que esses dispositivos estão vulneráveis, o fabricante solta uma atualização que impede que ele seja utilizado por um cibercriminoso”.
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