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Pirataria

Riscos da pirataria: consumidores ainda desconhecem

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riscos da pirataria

Os riscos da pirataria ainda são desconhecidos por grande parte dos consumidores. Essa é uma das conclusões da pesquisa que a Federação Contra o Roubo de Direitos Autorais do Reino Unido– FACT publicou recentemente. O estudo foi realizado nos dias 4 e 5 de janeiro com 1.003 pessoas do Reino Unido e focou no comportamento do consumidor em relação à pirataria.

Um dos achados da pesquisa é que três em cada cinco pessoas no Reino Unido (62%) não têm conhecimento dos riscos da pirataria para os consumidores, entre eles, fraude, roubo de identidade, malware e a sua ligação com o crime organizado.

A pesquisa descobriu que, com os bloqueios em vigor em todo o Reino Unido, decorrentes da necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia, o país recorreu à TV e à tecnologia como forma de entretenimento, com um quarto das pessoas (24%) comprando ou recebendo dispositivos para assistir seus filmes favoritos, programas de TV e esportes durante o período festivo de fim de ano.

Apesar do conhecimento sobre as ilegalidades em torno da pirataria ser alta (76%), a maioria dos consumidores não tinha conhecimento dos riscos associados a ela. Um terço (36%) foram inicialmente tentados a usar novos dispositivos comprados durante a temporada de festas para acessar conteúdo premium como esportes ou filmes gratuitamente, colocando-se involuntariamente, e seus aparelhos, em risco.

Uma vez alertados, os consumidores admitiram que isso mudou suas percepções sobre pirataria. 39% afirmaram que passariam a aconselhar amigos e familiares a não consumir produtos e conteúdos piratas.

Para o CEO da FACT, Kieron Sharp, “embora seja bom ver que muitas pessoas estão cientes da ilegalidade da pirataria, parece haver uma falta de compreensão sobre os riscos muito reais que os consumidores enfrentam, com muitos colocando-se em perigo, involuntariamente. Roubo de identidade, fraude e exposição a malwares e vírus como resultado da pirataria são muito reais.

Especialistas em proteção alertam sobre riscos da pirataria

Matéria publicada na coluna do jornalista Ricardo Feltrin, no UOL, mostra a visão de especialistas em segurança sobre o assunto. Para Mateus Dalponte, gerente de antifraude e proteção, “o sistema de equipamentos como caixas de recepção pode estar configurado para capturar informações bancárias, pode alterar configurações do roteador (as configurações de DNS, por exemplo) e fazer com que o usuário seja vítima de fraudes online (aparentemente sem relação com pirataria), instalar um vírus (como ransomware), pode ser usado para minerar bitcoins, que irão para as contas dos piratas.”

Segundo Dalpone, esses equipamentos podem coletar deliberadamente dados de uma residência, (e até) ouvir as conversas no ambiente, identificar quantas pessoas há na residência, até que tipo de sistema de alarme está funcionando.

O especialista diz que, “colocar uma caixa pirata na rede de casa é o mesmo que deixar um computador controlado por piratas nessa rede. Neste caso, o pirata não precisa esperar por nenhuma ação do usuário (como abrir um email). Ele pode, através de atualização de firmware, instalar um malware na caixa. Este malware não afetaria o funcionamento da caixa, mas poderia alterar o roteador para monitorar o tráfego para coletar dados de interesse do fraudador. Seria uma porta aberta para os piratas”, diz.

O blog “Sou Legal” foi criado para informar e discutir os riscos e impactos do acesso ilegal aos canais de TV por assinatura.

Antipirataria

ABTA reforça núcleo de combate à pirataria com a entrada da Watch e da Randy Labs

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A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) anunciou a integração da Watch e da Randy Labs ao seu Núcleo de Combate à Pirataria. A iniciativa visa fortalecer a identificação e denúncia de provedores e plataformas envolvidos na distribuição ilegal de conteúdo audiovisual no país, um mercado que, segundo estudos da própria associação, provoca perdas anuais superiores a R$ 15 bilhões.

 

Fonte: Tela Viva / Imagem: Canva

A Watch, um aplicativo de streaming para provedores de internet, contribuirá com sua experiência em inteligência digital e análise de dados para rastrear atividades ilícitas. “O avanço da pirataria representa uma ameaça real à sustentabilidade do ecossistema audiovisual, comprometendo investimentos, empregos e a segurança digital dos consumidores”, afirmou Maurício Almeida, fundador da Watch e líder do Conselho Antipirataria da Abotts. Ele complementa que “essa parceria com a ABTA reforça a importância da cooperação entre o setor privado e as entidades reguladoras para desmantelar redes ilegais de distribuição de conteúdo e fortalecer a confiança no mercado”.

A outra nova integrante é a empresa portuguesa Randy Labs, especializada em inteligência artificial aplicada à proteção de direitos digitais. A companhia desenvolveu a plataforma DRE – Digital Rights Enforcement, que detecta, valida e aciona medidas automáticas contra a pirataria em tempo real e é utilizada em mais de 20 países. “Hoje, conteúdos audiovisuais são copiados e retransmitidos online em questão de minutos. O desafio não é apenas detectar, mas reagir com precisão e velocidade. É isso que a nossa tecnologia faz”, explicou Carlos Martins, CEO da Randy Labs.

O problema da pirataria atinge uma parcela significativa da população conectada no Brasil, onde quatro em cada dez internautas consomem vídeos piratas. Para o presidente da ABTA, Oscar Simões, a união de forças é um passo fundamental. “Combater a pirataria é proteger o consumidor, o investimento e a inovação. Essa união entre ABTA, Watch e Randy Labs demonstra maturidade e comprometimento de todos os stakeholders do setor em enfrentar o problema de forma estruturada, com base em evidências e colaboração institucional”, destacou.

O Núcleo de Combate à Pirataria da ABTA atua em parceria com órgãos públicos como a Ancine, a Anatel, o Ministério da Justiça, o Ministério Público, o Procon e a Receita Federal.

A ABTA representa as principais empresas do setor de TV por assinatura no Brasil, com a missão de defender os interesses da indústria e liderar iniciativas contra a pirataria audiovisual. Lançada em 2018, a Watch funciona como um hub de conteúdo para provedores de internet, oferecendo acesso a produções de estúdios como Globo, MAX e ESPN para milhares de ISPs no país. A Randy Labs, por sua vez, é uma empresa portuguesa que fornece soluções de inteligência artificial para proteção de conteúdos digitais, atendendo emissoras, ligas esportivas e reguladores globalmente.

 

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Antipirataria

Anatel e Ancine firmam acordo para combater pirataria de conteúdos audiovisuais

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A Ancine determinará o bloqueio de sites e aplicativos que distribuam conteúdo clandestinamente; a Anatel, por sua vez, ficará responsável por assegurar que as prestadoras de telecomunicações impeçam o acesso dos clientes ao conteúdo pirata

Fonte: Ministério das Comunicações / Imagem: Ministério das Comunicações

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) assinaram, nesta quinta-feira (15/5), um novo Acordo de Cooperação Técnica com o objetivo de intensificar o combate à pirataria de filmes, séries, eventos esportivos e outros conteúdos audiovisuais no ambiente digital.

O acordo consolida a competência da Ancine na proteção de conteúdos audiovisuais, conforme previsto na Lei nº 14.815, de 15 de janeiro de 2024, e fortalece a atuação conjunta com a Anatel, responsável pela regulação dos serviços de telecomunicações, incluindo a banda larga e o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que abrange a TV por assinatura.

A Ancine determinará, dentro de sua atribuição legal, o bloqueio de sites e aplicativos que distribuam conteúdo pirata. A Anatel, por sua vez, ficará responsável por coordenar os mais de 20 mil prestadores de serviços de banda larga para garantir que o bloqueio desse conteúdo clandestino seja efetivado de forma ampla, eficiente e célere.

Desde fevereiro de 2023, a Anatel já atua no combate à pirataria por meio do Plano de Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos do SeAC. A agência foca especialmente nos riscos associados aos chamados TV boxes ilegais, que, além de fornecerem acesso a conteúdo pirata, podem conter software malicioso, representar ameaça à privacidade dos usuários e funcionar como vetores para ataques cibernéticos.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, acredita que o acordo é um marco histórico para as duas agências e contribuirá para promover a justa concorrência e a justa remuneração de toda uma indústria que é extremamente importante e transformadora para o Brasil. “É fundamental que nós, enquanto agentes do Estado brasileiro, possamos combater o uso indevido e a distribuição indevida de obras protegidas por direitos autorais”, afirmou.

“O Acordo de Cooperação com a Ancine, além de viabilizar o combate à pirataria de conteúdo audiovisual, ampliará o alcance dos esforços da Anatel para remover os TV boxes dos lares de milhões de brasileiros que, de forma incauta, desconhecem o risco que esses aparelhos trazem para os usuários, para as redes de telecomunicações e para a infraestrutura cibernética do país e do mundo”, afirmou o conselheiro da Anatel, Alexandre Freire, responsável pelo tema no âmbito da Agência.

O diretor-presidente da Ancine, Alex Braga Muniz, disse que a pirataria de conteúdos prejudica a indústria audiovisual do Brasil ao afetar financeiramente os produtores, com impacto na geração de empregos e renda. “Recentemente, o filme Ainda Estou Aqui foi responsável por atrair aos cinemas um grande público, especialmente de pessoas mais jovens. Ao mesmo tempo, o filme vinha sendo distribuído clandestinamente por plataformas”, exemplificou.

A superintendente de Fiscalização da Anatel, Gesiléa Fonseca Teles, lembrou que a atuação da Agência, entre outubro de 2018 e maio de 2025, resultou  na apreensão de 1,5 milhão de aparelhos receptores de conteúdo não homologados (TV boxes), avaliados em R$ 353,2 milhões. Desde a inauguração do Laboratório Antipirataria da Anatel, em setembro de 2023, foram bloqueados 24.700 IPs e 4.428 domínios na internet, usados para levar de forma irregular conteúdo às TV boxes não homologadas.O laboratório é resultado de uma parceria entre Anatel e Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA).

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