Antipirataria
Telegram: Itália faz operação de combate à pirataria
Autoridades italianas realizaram, no início de outubro, uma operação de combate à pirataria via Telegram, que interrompeu 545 canais e cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco regiões da Itália!
A investigação aconteceu após a Ordem dos Jornalistas da Lombardia denunciar a divulgação ilegal de cópias de jornais e revistas online.
Canais de conversa, como Telegram, têm sido usados para qualquer tipo de assunto. A facilitação e distribuição de pirataria é uma das tendências que mais crescem nesses canais, deixando os detentores de direitos autorais com mais uma frente de batalha.
Desde 2019, as autoridades italianas têm como alvo canais do Telegram ligados a serviços ilícitos de IPTV, pirataria de filmes, programas de TV e obras literárias.
Mais de 430 mil participantes em canais piratas
Oito administradores – das regiões da Lombardia, Piemonte, Veneto, Emilia-Romagna e Campania – são suspeitos de violar as leis de direitos autorais no país utilizando-se de formas ilegais de ganhar dinheiro dos participantes do Telegram.
De acordo com a Guarda de Finanças, autoridade que combate o crime financeiro e de contrabando, os canais do Telegram tinham mais de 430 mil participantes, espalhados por toda Itália.
Como o ingresso aos canais era gratuito, os administradores ganhavam dinheiro com a publicação de links de produtos, que encaminhavam os participantes para sites de comércio eletrônico. E, ao efetuarem uma compra, geravam comissão aos administradores.
Outra forma de ganho era o “patrocínio” com a colocação de banners publicitários nos canais em troca do pagamento do anunciante.
Canais alvos
Os canais alvos da operação não foram oficialmente identificados, mas o site TorrentFreak verificou que eles divulgavam principalmente revistas, jornais e livros do país, assim como filmes, séries, programas de TV e outros conteúdos protegidos pela lei de direitos autorais.
Na Índia, Telegram também é investigado
Já, em Delhi, na Índia, a Suprema Corte ordenou há algumas semanas, que o Telegram forneça detalhes de canais e dispositivos usados para divulgar ou vender conteúdos piratas, como: números de celular, endereços de IP e emails dos suspeitos.
A ordem aconteceu depois que uma professora processou o mensageiro afirmando que seus materiais foram divulgados sem sua autorização.
Em defesa, o aplicativo disse – segundo matéria do TecnoBlog – que, com base na política de privacidade, nenhuma informação pode ser divulgada a menos que a suspeita fosse de terrorismo.
