Antipirataria

Anúncios com malware em sites piratas

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Recente estudo divulgado pela Digital Citizens Alliance (DCA) em parceria com a especialista em publicidade de pirataria White Bullet e a unidade de segurança cibernética Unit 221B, descobriu que 12% de todos os anúncios em sites de streaming pirata estão vinculados a malware e cerca de 80% dos sites pesquisados ​​veicularam pelo menos algum anúncio com malware.

Essa prática, denominada malvertising, é realizada por operadores de pirataria em parceria com “malvertisers”, indivíduos que instalam o chamado malvertising, publicidade online que funciona por meio de códigos de programação maliciosos camuflados de anúncios inofensivos, que são instalados em computadores de visitantes de sites piratas.

O problema, de acordo com a pesquisa, é tão grave que os próprios pesquisadores foram vítimas de ataques de ransomware. Segundo matéria do site TorrentFreak, os estudiosos descreveram que com alguns cliques em um site de pirataria, foram vitimados por ataque de ransomware que criptografou seus arquivos de computador, com exigência de pagamento para desbloqueá-los – ameaça cibernética observada em vários sites de pirataria.

Diferenças entre estudos

Em 2014, um estudo realizado pela Industry Trust for Intellectual Property Awareness descobriu que 90% dos sites de pirataria de filmes e TV mais usados ​​continham malware ou golpes de cartão de crédito. Isso é mais do que o número de oito em dez, divulgado no recente estudo da DCA.

Já outro relatório, da Webroot da OpenText Security Solutions, lançado no mês passado, também verificou que 90% dos principais sites de streaming ilegais contêm conteúdo arriscado. E, de acordo com a FACT (empresa que trabalha com iniciativas de proteção de marca e propriedade intelectual), a mesma pesquisa descobriu que todos os sites analisados con​​tinham conteúdo malicioso.

Essas informações mostram que os sites de streaming pirata eram muito mais arriscados do que o relatado na pesquisa da DCA. No entanto, como as metodologias, sites pesquisados e as definições de ‘malicioso’ variam muito, comparar os resultados é difícil.

Por exemplo, em um estudo realizado pelo Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia em vários países da UE, pesquisadores investigaram mais de mil domínios de sites piratas, descobrindo que menos de 10% estavam vinculados à conteúdo malicioso, que inclui o “software potencialmente indesejado” menos grave, além de que, não eram particularmente problemáticos.

A pesquisa concluiu que sites e serviços de streaming suspeitos de violação de direitos autorais não são normalmente considerados fontes dominantes de malware ou de distribuição de software indesejada.

Alerta contra pirataria

Mais do que realizar pesquisas é importante verificar que os detentores de direitos autorais estão investindo tempo e recursos para garantir que os usuários de sites piratas sejam avisados contra malware e alertando as autoridades como FTC e DOJ (Federal Trade Commission e U.S. Department of Justice) para tomarem medidas contra a pirataria.

Como o relatório da DCA mostra que infratores exibem conteúdo gratuito como ‘isca’ para atrair usuários para serem vitimados por ransomware e outros softwares prejudiciais, é importante que o DOJ tenha como alvo os malvertisers e sites de pirataria. Além disso, a FTC deve alertar os consumidores sobre os riscos de pirataria à segurança cibernética e o surgimento de malvertising nesses sites.

A DCA tem um longo histórico de publicação de pesquisas antipirataria e já destacou a questão de anúncios com malware em sites piratas, anteriormente. E, embora alguns estudos pareçam exagerados, não há como negar que o malware se espalha nesses sites.

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