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Netflix planeja combater compartilhamento de senhas

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Netflix, a maior empresa de streaming de vídeo do mundo, alertou que planeja iniciar uma repressão global ao compartilhamento de senhas. A empresa estima que mais de 100 milhões de lares em todo o mundo estão usando contas compartilhadas da empresa, incluindo mais de 30 milhões nos EUA e Canadá.

A empresa vem convivendo com o compartilhamento de senhas porque, nas palavras do cofundador e co-CEO Reed Hastings, estava “indo bem” sem tomar nenhuma providência em relação ao problema. Esse compartilhamento até contribuiu para a construção de uma imagem positiva da empresa ao longo dos anos.

Mas os tempos mudaram. No primeiro trimestre, encerrado em 31 de março, a Netflix registrou uma perda de 200.000 assinantes pagos. Foi a primeira vez em mais de 10 anos que a empresa perdeu assinantes durante um trimestre. A projeção é que perderá mais 2 milhões de assinantes no segundo trimestre.

Em seu relatório trimestral aos acionistas, a Netflix reconheceu que permitiu propositadamente o compartilhamento generoso de senhas fora de casa porque isso ajudou a atrair os usuários para o serviço. Mas com a concorrência da Disney, Warner Bros., Discovery, Paramount Global, NBCUniversal, Apple TV+ e outros streamers, a empresa pretende que esses milhões de lares que compartilham senhas comecem a pagar.

No início deste ano, a Netflix começou a testar diferentes maneiras de restringir o compartilhamento de senhas no Chile, Costa Rica e Peru. Executivos disseram na teleconferência de resultados da empresa que ela poderia expandir o modelo estabelecido nesses países, cobrando mais de contas que compartilham senhas fora de casa.

Embora ainda não haja uma estratégia global concreta definida, a empresa sugeriu que mudanças poderão ocorrer já em 2023.

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