Pirataria
Amazon Prime também sofre com a pirataria audiovisual
A Amazon também parece estar sofrendo com a pirataria audiovisual. Além de, nos últimos anos, ter aumentado seus esforços anti-pirataria, tanto individualmente, quanto como membro da Alliance for Creativity and Entertainment, agora acaba de registrar a patente de uma nova tecnologia para identificar fontes de streaming pirata.
Segundo vários veículos que publicaram a novidade (TorrentFreak, Olhar Digital), a nova tecnologia adiciona as informações de identificação do usuário ao conteúdo assistido por ele – de forma visível ou não. Desse modo, a empresa pode detectar mais facilmente de onde seus filmes, séries e programas de TV foram vazados.
A técnica, patenteada como “codificação de identificadores em dados de manifesto personalizados” deve implementar uma espécie de marca d’água com um ID exclusivo para cada assinante.
Ao reproduzir um conteúdo, a tecnologia deverá gerar dados de manifesto personalizados (isto é, um arquivo com informações essenciais sobre o conteúdo) com base no identificador do assinante em questão – informações que serão lidas pelo reprodutor e decodificadas pelo servidor de mídia.
Caso o assinante grave o vídeo com uma câmera, por exemplo, o conteúdo ainda terá um padrão de informações de identificação em pelo menos alguns de seus fragmentos, que remetem ao assinante original.
É desejável em algumas implementações que a marca da versão de informação seja imperceptível para os olhos humanos, diz a Amazon.
Ao invés de codificar o identificador ou marca d’água no conteúdo em vídeo, a Amazon propõe adicionar nos dados de manifesto. Assim, a solução da Amazon pode ser mais facilmente aplicada a nível individual. Ela pode ser usada tanto para proteger conteúdo no próprio serviço de streaming da Amazon, como para outros detentores de direitos autorais.
Transmissões ao vivo também poderão utilizar a tecnologia
A empresa menciona a transmissão de conteúdo ao vivo, como jogos da NFL incluindo o Super Bowl. Essas transmissões ao vivo podem ser acessadas com marcas individuais, mas também podem carregar informações mais genéricas como a localização da pessoa.
O termo “dados de manifesto personalizados” não é limitado ao nível de especificidade correspondendo a pessoas individuais ou dispositivos. “Por exemplo, para um cenário de transmissão de NFL, os “dados de manifesto personalizados” podem ser um nível de especificidade baseado em localização geográfica”, explica a empresa.
De acordo com a Amazon, sua solução pode também evitar a necessidade de marca d’água no dispositivo de reprodução do usuário, o que é outra vantagem.
Marca d’Água não é algo novo e até hoje a técnica não conseguiu barrar a ação de piratas. Assim, há uma expectativa em ver o resultado que será obtido pela Amazon, que além de ser o maior varejo de e-commerce, também detém um significativo portfolio de direitos autorais.
A empresa tem registrado alguns sucessos contra os piratas, mas a violação de direitos autorais permanece um desafio. Como outras plataformas de streaming, praticamente todo título da Amazon é pirateado logo após o seu lançamento.
