Pirataria

La Liga denuncia sites piratas e serviços ilegais de IPTV

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De acordo com matéria do TorrentFreak, a principal liga espanhola de futebol, a La Liga, apresentou uma lista de sites de streamings e serviços ilegais de IPTV para o US Trade Representative, a agência governamental dos EUA responsável pelo desenvolvimento e recomendações de políticas comerciais.

Todo ano, grupos de detentores de direitos tem a chance de compartilhar suas listas de piratas “notórios” com a agência. Essas indicações servem como base para o relatório anual da USTR, que é uma ferramenta diplomática para pressionar empresas e países a agir contra a pirataria.

Nos últimos anos, esta lista vem se expandindo lentamente e incluindo não apenas sites piratas e mercados de falsificação, mas também terceiros intermediários.

Foco nos intermediários

A matéria mostra que a USTR segue essa tendência e este ano tem focado nos intermediários online. Tanto o RIAA (Recording Industry Association of America®) como a MPA (Motion Picture Association) indicaram vários serviços de hospedagem, registros de domínios e anunciantes.

Muitos outros detentores de direitos também fizeram indicações. A La Liga submeteu várias recomendações que, para o público em geral, não estariam tipicamente associadas à pirataria.

“Nossa maior preocupação é o streaming ilegal de competições esportivas ao vivo por pessoas ou empresas que não estão autorizados a fazê-lo”. Diz a La Liga.

Lista da La Liga inclui diversas categorias

A organização dividiu suas indicações em categorias e começou destacando vários serviços de IPTV ilegais como Megaplay, Seko IPTV, VolkaIPTV, ATN e King 356TV, assim como fóruns de listas de IPTV, incluindo IPTV URLs e IPTV SAT. Esses foram categorizados como os suspeitos usuais.

A segunda categoria inclui sites de streaming ilegal como Pislo TV, BeIN Match e Yalla Shoot, além de sites de link de streaming como Cable Gratis TV, Hulk Sport.

A terceira categoria é a área de intermediários, em que foram destacados provedores de hospedagem. De acordo com a organização esportiva, essas empresas podem ajudar a prevenir infrações, mas, em muitos casos, não fazem isso. Os detentores de direitos frequentemente reclamam sobre abuso de sites piratas e serviços, mas essas reclamações não têm tido nenhum efeito.

“Muitas empresas provedoras de hospedagem ignoram emails e cartas referentes a infrações de direito de propriedade intelectual, Intellectual Property Right (IPR). Entre as mais relevantes, a La Liga cita: Namecheap, que está localizado nos EUA; a plataforma de e-commerce canadense Shopify; a provedora Clouflare dos EUA; a Offshore-Servers, baseada na Rússia; a BlueAngelHost do Paquistão e a FNXTEC, no Brasil.

“Ações de prevenção são necessárias para evitar que infratores de IPR possam hospedar conteúdo ilegal tão facilmente nas empresas provedoras de hospedagem”, diz a La Liga que pede “rápida resposta e soluções efetivas” desses intermediários.

A liga esportiva não dá nenhum detalhe sobre quais conteúdos ilegais essas companhias hospedam ou que ação eles falharam em tomar. No entanto, demanda uma posição mais agressiva anti-pirataria.

eBay, Alibaba e até Telegram

Na categoria e-commerce, as empresas citadas são a eBay e Alibaba. Essas empresas supostamente oferecem set-top boxes ilegais e negócios de IPTV. Mesmo cooperando de algum modo para cumprir a lei, essas empresas, segundo a La Liga, podem fazer mais.

A lista de mercados piratas notórios continua com os “cyberlockers”, como a Mega, MediaFire e Uptobox. Esses podem ser usados legalmente, mas são frequentemente usados para compartilhar conteúdo pirata também.

Media social e aplicativos de mensagens também foram citados na lista da La Liga. O Telegram é citado especificamente por ser uma plataforma de onde é “extremamente complicado e demorado” remover conteúdo ilegal.

“Temos notado que o Telegram está sendo cada vez mais usado para compartilhar conteúdo ilegal protegido por direito autoral em certos canais. Esses canais têm aumentado significantemente seus usuários, diz a Liga.

Essas e outras recomendações serão levadas em consideração pelo USRT, que vai consolidar sua lista de “mercados notórios” em alguns meses. Se Namecheap, eBay, Telegram e Shopify serão chamados, ainda não se sabe.

Ao longo dos últimos anos, detentores de direitos tem repetidamente apelado para que terceiros intermediários aumentem seus esforços anti-pirataria. O USTR agora foca nessa questão e essas recomendações são parte da estratégia.

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