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Segurança

Crimes cibernéticos: por meio de streaming e set-top boxes

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crimes cibernéticos
Ricardo Rossi

Um dos crimes cibernéticos mais comuns no mundo é o furto de dados privados – e o Brasil está entre os países onde há mais ocorrências dessa atividade criminosa. Cerca de 30% dos casos de “phishing”, que são as ações de furto de dados pessoais, ocorrem no Brasil. Entre os meios usados pelos bandidos estão sites ilegais de streaming, serviços piratas de IPTV e aparelhos decodificadores piratas, que facilitam muito a captação de dados dos usuários.

A promessa de serviços com muitos canais e baixo custo tem levado alguns consumidores a apelar para esses produtos ilegais. Infelizmente, eles escondem riscos muito sérios para o usuário e seus equipamentos.

No final de outubro deste ano, a empresa de segurança digital Kaspersky promoveu em São Paulo o evento Kaspersky Cybersecurity Summit 2019 LIVE. O seminário abordou várias questões importantes sobre segurança na internet e crimes cibernéticos. De acordo com reportagem do site Crypto ID, o phishing foi o principal assunto do evento. Segundo Fabio Assolini, diretor de pesquisas da empresa, o Brasil lidera todos os rankings de phishing há vários anos, e este ano não deve ser diferente. O golpe é o mais usado porque não exige muitos conhecimentos técnicos por parte dos criminosos, e o custo é muito baixo.

Assolini disse que os criminosos dependem de uma ação do usuário para ter sucesso. Um site duvidoso pedindo cliques ou um aparelho irregular comprado sem certificação facilitam muito o trabalho dos bandidos. Basta que o consumidor clique em um site irregular ou instale um decodificador pirata para estar exposto ao furto de dados pessoais.

De acordo com reportagem do Jornal do Comércio, o Brasil já ocupa o quarto lugar mundial em número de usuários da internet, segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. O grande volume de usuários sem muita instrução a respeito de segurança e privacidade fez disparar os casos de crimes cibernéticos no país. De acordo com dados da ONU, desde 2016 o Brasil vive um aumento acentuado nos casos de crimes cibernéticos, com destaque para o roubo de dados financeiros por hackers.

São quase 400 crimes cibernéticos registrados no Brasil todos os dias. De acordo com dados da associação SaferNet Brasil, em parceria com o Ministério Público Federal, em 2018 foram contabilizadas 133.732 queixas de delitos virtuais, como pornografia infantil, conteúdos de apologia, incitação à violência, crimes contra a vida e violência contra mulheres ou misoginia. É um salto de 110% em comparação com o levantamento de 2017, quando a SaferNet registrou 63.698 denúncias.

Uma reportagem do site Consumidor Moderno diz que a empresa de segurança digital Avast também monitora um grande crescimento no número de crimes cibernéticos no Brasil. Os golpes de phishing e DNS (esquema que imita sites legítimos para enganar os usuários) são os mais comuns no país. Os criminosos modificam detalhes do endereço legítimo para enganar o internauta, e assim podem furtar dados privados, especialmente informações bancárias e de cartões de crédito.

Os consumidores devem redobrar sua atenção ao acessar sites de conteúdo audiovisual que parecem legítimos. É preciso conferir cuidadosamente os endereços na web, para impedir que a busca não leve a um site falso operado por criminosos.

Tanto a Kaspersky como a Avast alertam para nunca confiar em sites ou plataformas irregulares de streaming, porque seu uso pode levar a sérios prejuízos financeiros. E a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) avisa há muito tempo que decodificadores sem a certificação da agência podem ser usados por criminosos para o furto de dados privados.

Antipirataria

Anatel inaugura Laboratório Antipirataria em Brasília

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(imagem: Divulgação Anatel)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) inaugurou, em setembro, o seu Laboratório Antipirataria, especializado na análise de equipamentos TV Boxes clandestinos. Resultado de um acordo com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), o laboratório possui recursos tecnológicos para realizar e acompanhar análises técnicas sobre equipamentos e meios ilegais de oferta pirata audiovisual, em atendimento ao Plano de Ação para Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC). A estrutura, que funciona no prédio da agência, em Brasília, possui 12 telas de monitoramento, tem seis postos para trabalho presencial e também pode ser acessada remotamente.

“A inauguração desse laboratório eleva o nosso patamar no combate à pirataria”, afirmou o conselheiro Moisés Moreira durante a cerimônia de inauguração. O superintendente de Fiscalização, Hermano Barros Tercius, descreveu os riscos encontrados nos equipamentos piratas e as principais realizações do Plano. Lembrou que, desde seu início, em fevereiro deste ano, foram realizadas 29 operações, que apreenderam 1,4 milhão de aparelhos e bloquearam mais de 1,4 mil endereços que, ilegalmente, habilitavam o funcionamento dos TV Boxes piratas. Milhares de equipamentos, de nove fabricantes diferentes e mais de 30 modelos de TV Box, também tiveram sua operação bloqueada.

O superintendente também apresentou imagens do Laboratório Antipirataria, que tem ampla flexibilidade para o desenvolvimento de métodos de interrupção do funcionamento dos TV Boxes piratas, podendo analisar, simultaneamente, até cem equipamentos desse tipo.

Além do combate aos decodificadores clandestinos, que ocorre na esfera administrativa, o superintendente também abordou a possibilidade de ampliação de parceria com órgãos executores de decisões judiciais de bloqueio. Ele mencionou ação solicitada pelo Núcleo de Investigações de Crimes Cibernéticos – NICC (CyberGAECO), do Ministério Público de São Paulo, em junho passado. A operação resultou na queda de mais de 26% no volume de tráfego dos sites abarcados pela ação, segundo dados de associação da indústria musical.

“A Anatel possui o cadastro completo dos prestadores de banda larga do País. Sabe quais são os mais relevantes quanto à conectividade e à quantidade de acessos e tem contato constante com os prestadores de serviços de telecomunicações. Isso coloca a Agência em uma posição estratégica para a coordenação da execução de decisões de bloqueio, sejam administrativas ou judiciais. E essa coordenação se faz muito necessária em um ambiente aberto como a internet, em que há desde pequenos provedores de conexão até grandes plataformas tecnológicas de comércio e de serviços virtuais”, explicou o superintendente.

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Antipirataria

Novo vírus em TV Boxes pode invadir redes domésticas

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Uma nova variante do vírus Mirai foi detectada em TV Boxes piratas usadas por milhões de pessoas. De acordo com a equipe do antivírus Dr. Web, o malware é uma nova versão do ‘Pandora’, que apareceu pela primeira vez em 2015.

Os principais alvos do novo vírus são as TV Boxes MX10 Pro 6K, Tanix TX60 e H96 MAX X3, que apresentam processadores capazes de lançar poderosos ataques DDoS – que podem infectar redes domésticas para receber comandos do hacker.

O novo vírus infecta os dispositivos por meio de uma atualização distribuída de aplicativos de pirataria. Os usuários são induzidos a baixá-las de sites que prometem acesso ilegal a streaming gratuito ou a preços muito baixos.

A equipe do Dr. Web recomenda optar por dispositivos de streaming de marcas confiáveis, como Google Chromecast, Apple TV, Amazon Fire TV e Roku Stick. No Brasil, operadoras de TV por assinatura também oferecem TV Boxes seguras.

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